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19 de Abril de 2024
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    Para OAB, curso de Direito a distância é absurdo

    Publicado por OAB - Rondônia
    há 13 anos

    O presidente da Comissão Nacional de Ensino Jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil, advogado Rodolfo Hans Geller, criticou com veemência os cursos de Direito à distância, durante discurso, na abertura do I Fórum Regional de Educação Jurídica, realizado semana passada em Porto Velho.

    Segundo ele, a Nota Técnica que reformula os instrumentos de avaliação dos cursos de graduação da Educação Superior para operacionalização do Sistema Nacional da Educação Superior - SINAES, editada pelo INEP em 01/06/11, é, no que diz respeito ao Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação em Direito (presencial e à distância), uma contribuição de “pioria” para a educação jurídica brasileira.

    “Todas as conquistas indutoras da busca de uma educação de qualidade foram solapadas por tal instrumento. A OAB, através de sua Comissão Nacional de Educação Jurídica e de outras importantes instituições que lutam historicamente pela qualidade dos Cursos de Direito, foram ultrajadas”, reitera.

    Outro ponto estabelecido pela nota técnica em questão é a não exigência de doutorado e mestrado em Direito para os coordenadores de curso (pode ser gestor de qualquer área e não precisa ter liderança científica). Atrelado a esta questão, Geller critica ainda a não exigência de dedicação intensa do Coordenador (basta ter contrato de 15h).

    Esses pontos destacados, somados a outras questões, foram avaliados durante o Fórum de Educação Jurídica. O evento, segundo Geller, cumpriu seu propósito, uma vez que contou com a participação de mais de 200 pessoas das mais diversas regiões do país. “A participação da comunidade local, igualmente, foi bastante representativa. Fomos felizes ao escolher a cidade de Porto Velho e o Estado de Rondônia para iniciarmos esta série de Fóruns Regionais para debater a Educação Jurídica brasileira”, avaliou.

    Antes do Fórum a Comissão Nacional de Educação Jurídica do Conselho Federal da OAB (CNEJ/CFOAB) se reuniu para avaliar pedidos de validação e renovação de autorização de funcionamento de faculdades. “A reunião realizada em Porto Velho-RO, no dia 30/06, transcorreu dentro da normalidade. Foram apreciados 16 processos, dentre eles, pedidos de autorização para funcionamento de Novos Cursos, reconhecimento de cursos e renovações de reconhecimento de cursos de diversas instituições de ensino superior de várias unidades da Federação”.

    Os resultados da reunião, tais como, pareceres favoráveis ou desfavoráveis são divulgados via sistema e-MEC, após apreciação (homologação) pelo Presidente do Conselho Federal da OAB. “Algumas medidas já estão sendo apreciadas pela Diretoria do Conselho Federal da OAB, em decorrência do I Fórum Regional de Educação Jurídica. Em breve, muito breve, elas serão divulgadas”, finalizou.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/para-oab-curso-de-direito-a-distancia-e-absurdo/2765928

    4 Comentários

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    Não deveria ser de assunto prioritário da OAB interferir e ou "administrar"assuntos educacionais", muito menos avalia-los. Mas o"protecionismo"dessa entidade se afirma diante da maioria dos assuntos relacionados a tal área, a mesma tendo poderes que vão muito alem que defender os direitos de uma classe, como também seleciona-la
    e indiretamente separa-la socialmente como muitas outras ordens os fazem.
    Espero para o futuro de nossa nação, que haja sim sérias mudanças construtivas sejam elas na formação de autoridades legais tais como sejam na administração dos poderes legais e na condução adequada das entidades de classe que até tal momento pouco representam o respeito e admiração de seus profissionais tanto como dos"demais cidadães"de nossa sociedade que consideram a Justiça e as leis e tais"entidades defensoras de seus direitos"como uma piada de muito mal gosto, irônica e sádica perante assuntos tão sérios relacionados a sociedade.

    ''O alicerce moral do profissional da lei não deveria prover de suas"patentes" e suas insignias, e sim seus feitos , medalhas , insignias e cargos são objetos que podem ser meramente comercializados´´.

    Sem mais, continuar lendo

    Acho esses classismos de um descabido absurdo. Se se pode cursar várias disciplinas a distância, por que não direito também, visto que grande parte do conteúdo é teórico, e se pode contar com muita interatividade através de chats e inúmeras outras ferramentas?!
    Um curso a distância bem feito, pode valer muito mais que muitas das faculdades de advocacia fim de feiras, que estão autorizadas a funcionar no Brasil.
    Eu fiquei 30 anos frequentar escolas e fiz o o ENEM 2014 apenas com o intuito de pegar o diploma do ensino médio. Diante da nota considerada alta para os padrões da maioria dos candidatos que fizeram a prova, senti uma grande vontade de cursar direito a distância, porque já estudo como autodidata há vários anos, e sempre consigo aprender aquilo que quero. Mas, cadê os cursos de direito EAD no Brasil!?
    Deram um jeito de intereferir no único curso de direito a distância que pioneiramente havia sido lançado, e o direito EAD da Unisul já não mais aceita novos alunos desde a formação da sua 1ª turma.
    Isso tem que mudar!
    https://secure.avaaz.org/po/petition/Ministerio_da_Educacao_Brasil_Legalizem_o_curso_de_Direito_EAD/?copy continuar lendo

    O homem desenvolveu a tecnologia para comunicar-se a distância. Não faz nenhum sentido obrigar um aluno deslocar-se todos os dias para assistir aula. Fazendo um paralelo com as relações de trabalho, note que a CLT normatizou de teletrabalho. Trabalho e estudo a distância são necessidades da sociedade. O deslocamento pelas grandes cidades é um dos grande problemas da atualidade. É irracional ter a tecnologia para resolver esse problema e não utilizar.

    Não há argumento que se sustente para obrigar a presença em uma sala de aula física. Aulas podem ser virtuais, discussões também podem ser virtuais e estas últimas nem precisam ser síncronas. Os alunos podem usar fóruns de debates, emails e diversas outras ferramentas.

    Particularmente, eu sou mais vanguardista. Ninguém deveria ser obrigado a frequentar uma universidade por 5 anos. Seguir o mesmo ritmo médio de todos, ou seja, ser mediano, medíocre. Cada um deveria fazer no seu tempo, no seu ritmo. Seja em mais ou menos tempo. E o ensino EAD pode um dia possibilitar isso. continuar lendo

    O curso de Direito é puramente teórico. Basta fazer as devidas leituras e interpretações corretamente. Dessa forma, não entendo o motivo de não aceitarem a modalidade EAD para o curso. Lógico que há cursos que realmente nunca será possível ser à distância (que é o caso da medicina, por exemplo, que demanda prática), mas o curso de Direito, ao meu ver, daria perfeitamente tanto para modalidade presencial como à distância.

    Essa questão de esteriotipar como se o curso à distância é algo ruim já está ultrapassado... Quantas vezes vemos pessoas que fizeram cursos presenciais "nas coxas"? Falo pelo meu curso (contábeis), onde tinha pessoas que nem sequer lerem uma obra por inteiro, só liam resumos na internet e ficavam "nas costas" dos outros para ganhar nota nos trabalhos.

    Eu por exemplo, sou doida para fazer o curso de Direito, mas como eu trabalho e preciso pagar as minhas contas (e ainda faço renda extra nos finais de semana porque o salário não é dos melhores), fazer faculdade presencial seria inviável. O curso EAD possibilitaria maior flexibilidade nos estudos e nos horários, afinal, é o aluno que faz o curso. O aluno que terá que saber ser disciplinado, e ser mais dedicado que aqueles que fazem presencialmente. continuar lendo